O Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, diz que a acusação no caso Selminho é ultrajante e infame.
O autarca vai pedir a abertura da instrução do processo. Garante que não teve qualquer intervenção no caso e que se limitou a outorgar uma procuração a uns advogados que não conhecia e com quem não falou.
O Ministério Público pede a perda de mandato, mas Rui Moreira recusa afastar-se do exercício de funções.
Está acusado pelo Ministério Público de cometer um crime de prevaricação, por suspeitas de beneficiar a Selminho, uma imobiliária da família do autarca.
A acusação do DIAP do Porto considera que o Presidente da Câmara violou os deveres de legalidade e de imparcialidade no caso que opunha o município à Selminho que pretendia construir um edifício de apartamentos.
No centro da disputa, está um terreno na escarpa do Douro, vendido por um casal que o registou por usucapião à imobiliária Selminho, em 2001, e que o tribunal considerou ser propriedade municipal, na sequência de uma ação movida pela autarquia em 2017.