Mais de 1700 atos médicos foram adiados nas prisões portuguesas entre janeiro e o fim de novembro de 2020. Os dados constam de um documento interno a que a SIC teve acesso.
A Carregueira é, de todas as prisões do país, a que mais atos médicos adiou no ano passado: foram registados 468 adiamentos durante o período analisado, de um total de 1756 procedimentos não realizados.
Os dados permitem concluir que grande parte dos adiamentos aconteceu devido à falta de meios. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais a pediu dados a todas as prisões do país, mas houve cinco estabelecimentos, incluindo o de Lisboa, que não divulgaram os dados internos.
O documento foi entregue a cada um dos diretores de todos as prisões portuguesas.