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Empresários de futebol dizem que nunca entraram no avião onde foram apreendidos 500 quilos de droga

Hugo Cajuda e Bruno Carvalho Santos garantem que nunca foram contactados pela polícia brasileira.

Empresários de futebol dizem que nunca entraram no avião onde foram apreendidos 500 quilos de droga
Mike Blake

Hugo Cajuda e Bruno Carvalho Santos dizem que nunca entraram no avião privado onde foram apreendidos 500 quilos de cocaína no Brasil.

Em comunicado enviado às redações os empresários afirmam que foram convidados a embarcar, mas que acabaram por não ir porque os negócios no país se prolongaram.

Os dois empresários de futebol garantem que apenas tomaram conhecimento da apreensão pela comunicação social e que nunca foram contactados pela polícia brasileira.

João Loureiro foi ouvido na Polícia Federal de Salvador da Bahia, no Brasil

A SIC tem imagens exclusivas da chegada de João Loureiro antes de prestar depoimento no caso do avião carregado com 500 quilos de cocaína, e no qual o ex-presidente do Boavista tinha lugar marcado para viajar para Lisboa.

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O voo chegou a ter várias listas de passageiros. Numa delas constava o nome de Lucas Veríssimo, o novo reforço do Benfica e Bruno Macedo, o intermediário do negócio.

Loureiro vai ter que explicar porque razão viajou para o Brasil no dia 27 de janeiro, nesse mesmo avião privado, com 14 lugares mas onde apenas ele e um espanhol, investigado pela Polícia Judiciária por tráfico de droga, eram os únicos passageiros.

Em declarações à SIC por telefone, João Loureiro garantiu esta quinta-feira que foi a convite de uma empresa brasileira que o queria contratar como consultor em potenciais oportunidades de negócio em Portugal.

Documentos a que a SIC teve acesso mostram que a companhia que fretou o aparelho é a Lopes e Ferreira, assessoria Limitada, uma micro empresa com sede numa sala de um modesto edifício no Bairro Vila Prado, em São Paulo.

Depois de vários adiamentos no regresso a Portugal, João Loureiro assegura que ficou desconfiado. Chegou a mandar uma mensagem ao comandante do avião a pedir para serem rigorosos na inspeção da carga.

O voo de regresso acabou por ficar marcado para dia 9, mas nesse dia nenhum dos cinco passageiros previstos apareceu à hora do embarque. Entre eles, constava João Loureiro, o espanhol Mansur Herédia, Hugo Cajuda e Bruno Carvalho Santos, dois empresários de futebol e ainda Paulo Saturnino Cunha administrador de uma companhia vitivinícola no Ribatejo.