O presidente da Câmara de Lisboa diz que as buscas estão relacionadas com oito processos, alguns com vários anos, e que a autarquia está a colaborar com as autoridades.
"Estamos a colaborar de forma muito ativa e clara com as entidades para que tudo se esclareça."
A reação de Fernando Medina surge esta terça-feira à tarde, após a Polícia Judiciária revelar, no mesmo dia, que foram feitas buscas relacionadas com a área do urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes cometidos no exercício de funções públicas, inclusive abuso de poder e corrupção.
Os inspetores estiveram a recolher documentos no departamento de gestão urbanística da Câmara, nas instalações do Campo Grande e na Praça do Município. A maioria das buscas foi feita em empresas, uma delas é a promotora do projeto da Feira Popular.
Em comunicado, a autarquia referiu que as buscas "resultaram de várias denúncias, incluindo participação ao Ministério Público", relativas a processos urbanísticos que decorreram nos últimos cinco anos, como a Operação Integrada de Entrecampos e também às obras da Segunda Circular, canceladas pelo município, e à requalificação da piscina da Penha de França e obras do miradouro de São Pedro de Alcântara.
Além da Operação Integrada de Entrecampos, segundo a Câmara de Lisboa, os processos urbanísticos visados pelas buscas da PJ são o Hospital da Luz, torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Edifício Continente, Twin Towers e Convento do Beato.