Os fluxos migratórios para o trabalho agrícola no Alentejo continuam a ser investigados pelas autoridades.
O Ministério Público de Odemira e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) têm vários inquéritos em curso. Estão a ser investigados crimes como tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal.
O esquema é complexo e consiste no recrutamento de trabalhadores de países do leste europeu ou asiáticos para campanhas agrícolas sazonais. Os trabalhadores são atraídos por pequenas empresas de prestação de serviços ou agências de recrutamento que, a troco de trabalho, prometem alojamento, alimentação, transporte e um salário.
Muitas vezes as promessas não são cumpridas.
O Ministério Público tem 11 inquéritos em fase de investigação, que dizem respeito a casos de auxílio à imigração ilegal em Odemira.
A estas investigações juntam-se as do SEF, que tem em curso 32 inquéritos, seis neste concelho por tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal, angariação de mão de obra ilegal e falsificação de documentos.
Nos últimos três anos, foram detidos 11 suspeitos no Alentejo e ainda constituídos arguidos 37 pessoas e 14 empresas.
O SEF sinalizou 134 vítimas de tráfico de pessoas para exploração laboral.
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