Catarina Martins foi a primeira responsável política a defender que Rui Moreira não tem condições para continuar no cargo. O presidente da Câmara do Porto, que ainda não esclareceu se tenciona recandidatar-se, ficou ontem a saber que vai a julgamento no caso Selminho.
O Partido Socialista, que ainda não apresentou o candidato à Câmara do Porto, fez saber numa resposta à SIC que vai manter-se em silêncio sobre este caso. O PS/Porto diz que não comenta processos judiciais em respeito pela independência da justiça.
O PSD/Porto continua em silêncio, mas, numa entrevista em fevereiro, já depois de conhecida a acusação do Ministério Público, o líder do PSD foi muito claro quando explicou porque razão o partido não podia apoiar Rui Moreira, considerando a acusação "pesada e grave".
Já o líder do CDS afirma que Rui Moreira é exemplar no cumprimento dos valores éticos na política e reitera o apoio do partido ao presidente da Câmara do Porto.
O caso Selminho
O caso Selminho chegou aos tribunais em 2016, quando a CDU decidiu apresentar uma queixa ao Ministério Público. Estava em causa uma alegada intervenção de Rui Moreira num diferendo entre a Selminho, uma imobiliária da família, e a CM do Porto.
Agora a CDU aguarda pela palavra final da justiça e deixa eventuais consequências políticas nas mãos de Rui Moreira. O autarca do Porto vai a julgamento por prevaricação, um crime punido com uma pena de prisão de dois a oito anos.