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Champions. "Não é compreensível permitir-se aquilo que não se permite à generalidade dos cidadãos deste país"

Declarações da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

Champions. "Não é compreensível permitir-se aquilo que não se permite à generalidade dos cidadãos deste país"
JOSÉ SENA GOULÃO

A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou este sábado incompreensível que se permita a uma iniciativa como a final da Liga dos Campeões aquilo que os portugueses estão impedidos de fazer, atribuindo responsabilidades ao Governo e à Câmara do Porto.

No final da Mesa Nacional do BE - órgão máximo entre convenções que se reuniu este sábado pela primeira vez, em Lisboa, desde a última reunião magna - Catarina Martins foi questionada pelos jornalistas sobre a final da Liga dos Campeões, que se realiza este sábado no Porto, e que tem gerado desacatos e incumprimento das regras sanitárias por parte de alguns adeptos na cidade.

"Parece-me que não é compreensível permitir-se a uma iniciativa aquilo que não se permite à generalidade dos cidadãos e das cidadãs deste país", criticou.

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Questionada sobre quem tem responsabilidades, a coordenadora do BE referiu que, "do ponto de vista das normas e da sua implementação", essas devem ser atribuídas ao Governo e à Câmara do Porto.

"Nós achamos que são sempre necessários os maiores dos cuidados. Portugal deve ter uma posição que seja compreendida por toda a comunidade na forma como impõe regras para prevenir riscos de covid-19. Sabemos que o ar livre é bem mais seguro do que os espaços fechados, sabemos que há já população vacinada, mas sabemos que são precisos cuidados", tinha começado por responder.

Presidente da República pede coerência

Esta tarde, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha pedido coerência, referindo-se à presença de adeptos ingleses em Portugal para a final da Liga dos Campeões, e defendeu que "não é possível dizer que vêm em bolha" e isso não acontecer.

Durante uma visita ao Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa falava da pandemia e referiu a presença de adeptos ingleses para assistir à final da Liga dos Campeões, no Porto, sublinhando a necessidade de "um discurso que as pessoas percebam".

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