Começa esta segunda-feira o debate instrutório do processo do surto de legionella que, em 2014, provocou a morte a 12 pessoas residentes no concelho de Vila Franca de Xira. As empresas arguidas chegaram a acordo com a maior parte das vítimas.
Sete anos depois de 400 pessoas terem ficado infetadas com legionella e 12 terem morrido, o processo ainda percorre um longo caminho na justiça. o debate instrutório - fase em que as partes argumentam se o caso deve ou não seguir para julgamento - está marcado para esta segunda-feira.
Há três semanas, as empresas arguidas chegaram a acordo para o pagamento de indemnizações com 57 das 58 vítimas que se constituíram como assistentes.
No total, o Ministério Público identificou 73 vítimas, apesar do surto ter infetado 400 pessoas. Das 12 mortes, a acusação diz que só em oito se verifica um nexo de causalidade.
O surto aconteceu em novembro de 2014 e foi o terceiro maior no mundo, tendo levado duas semanas a ser controlado.
Afetou as freguesias de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa.
Diz a acusação que o surto foi causado por manifesta falta de cuidado dos arguidos, que não cumpriram um conjunto de regras técnicas na conservação e manutenção de uma das torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.