Na terceira sessão do julgamento de Ricardo Salgado, foram ouvidas três testemunhas essenciais para o processo. José Maria Ricciardi, uma delas, criticou a gestão feita pelo banco e revelou que todas as operações financeiras eram do conhecimento do ex-banqueiro. Ricardo Salgado é acusado de três crimes de abuso de confiança.
Foi um dos primeiros a denunciar aquilo que considerava ser má gestão no Banco Espírito Santo. Para o tribunal levou as atas do Conselho Superior do grupo e um protocolo feito em 2013 onde criticava o modelo de governação de Ricardo Salgado.
Aquilo que viveu não adiantou aos jornalistas, mas revelou ao tribunal.
Na terceira sessão do julgamento de Ricardo Salgado foram também ouvidos Hélder Bataglia e Amílcar Morais Pires, que decidiram não responder a várias questões para não se auto incriminarem.
Ao tribunal, Amilcar Morais Pires, braço direito do antigo banqueiro, disse apenas desconhecer o funcionamento do Grupo Espírito Santo.
Também Henrique Granadeiro, que chegou a ser suspeito de ser um intermediário de Ricardo Salgado por onde passava o dinheiro do saco azul, foi ouvido e justificou as alegadas transferências.
A explicação: negócios imobiliários sem contratos, mas que tinham como base a confiança entre o ex-banqueiro e o ex-chairman da PT.