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Incêndio de Castro Marim chega a Tavira e ameaça povoados

Comandante da Proteção Civil afirma que não deverá haver janela de oportunidade durante a noite para combater as chamas.

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O fogo de Castro Marim já passou para Tavira e obrigou à retirada de pessoas de casa. De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, uma das frentes do fogo transpôs as fronteiras do concelho e lavra numa zona com alguns povoados dispersos.

“A nossa missão é que possamos dominar a cabeça logo que surja a janela de oportunidade. Mas esta janela de oportunidade, do ponto de vista meteorológico, não vai existir. Nas próximas 12 horas, o quadro meteorológico vai ser o mesmo que vivemos hoje [segunda-feira] e ontem [domingo], sobretudo no período noturno”, afirma Richard Marques, comandante operacional de Faro da Proteção Civil.

Cerca de 380 operacionais estão no terreno a combater as chamas. As condições meteorológicas estão a dificultar o combate às chama: para o período da noite não está previsto um aumento de humidade – que normalmente ajuda os bombeiros no combate às chamas – e a intensidade do vento deverá manter-se forte.

No entanto, os comandante operacional de Faro explica que a estratégia será “dominar a cabeça” do incêndio e, depois, passar para os flancos.

“Um flanco que nos preocupa bastante - que tem muita intensidade, muitos pontos quentes para resolver e para consolidar - é o flanco direito, aquele que está virado para oeste”, acrescenta.

Às 10:20 desta segunda-feira, o fogo que atingiu Castro Marim tinha sido dado como dominado e não era espectável que saltasse o perímetro estabelecido. No entanto, a situação agravou-se consideravelmente e as chamas descem a serra em direção ao mar.

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