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Congresso do PS. "Estreante" Marta Temido recebe cartão de militante do secretário-geral

À SIC, Marta Temido adianta que não vai integrar a direção do PS e que será militante de base.

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A "estreante" Marta Temido recebeu este sábado do secretário-geral do PS, António Costa, o cartão de militante e foi protagonista de uma das maiores ovações do primeiro dia da 23.ª reunião magna do partido.

À SIC, Marta Temido adianta que não vai integrar a direção do PS e que será militante de base. A ministra da Saúde adiantou que só decidiu tornar-se militante socialista já este mês, em vésperas do congresso, por acreditar na moção de António Costa.

Visivelmente satisfeita, a mais recente adição à família socialista mostrou à plateia de congressistas o cartão de militante, título que considerou ser "uma honra" e também "uma responsabilidade".

Governante na 'linha da frente' do combate à pandemia, Marta Temido centrou o discurso nas lições aprendidas com a pandemia e nos desafios do SNS para o futuro.

A ministra da Saúde revelou que António Arnaut, um dos fundadores do SNS, lhe disse que "estaria atento e vigilante quanto aquilo que se fosse fazendo".

O Serviço Nacional de Saúde "hoje permanece como um dos principais instrumentos de combate às desigualdades e que superou tantas provas difíceis".

Mas das lições extraídas da pandemia sai um repto: "Essa responsabilidade [perante o SNS] só será verdadeiramente honrada se formos capazes de aprender com o que esta crise nos tem ensinado. Se formos capazes de fazer mais e, sobretudo, de fazer melhor".

Investir na saúde é também investir "na educação, na habitação, nos transportes públicos, no trabalho justo, no ambiente e na sociedade digital", prosseguiu.

"A força de trabalho em que o SNS se sustenta é mesmo a chave do seu desempenho", sublinhou Marta Temido, destacando os 1,3 mil milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência destinados ao investimento na saúde.

No início do seu discurso, Marta Temido deixou um agradecimento aos "aliados naturais" do SNS, as autarquias, pela proximidade com as populações na criação de "iniciativas de promoção da saúde e de prevenção da doença".

Através de uma crítica à direita, a ministra da Saúde questionou onde estaria a resposta à crise pandémica, onde estaria a campanha de vacinação, "onde estariam, apesar de todas as dificuldades, os cuidados de saúde primários para todos, como médicos de família", se a saúde estivesse entregue a um modelo de gestão privada e assente em seguros.

Por isso, sustentou, é "importante agarrar com as duas mãos, aproveitar inteiramente, cada uma das oportunidades de melhoria".

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, também discursou no 23.º Congresso, com críticas à direita "ressentida e sem memória" que "não se convence que o mercado sozinho não funciona" e tem "um mantra contra a administração pública".

A governante defendeu que mesmo em pandemia "o governo do PS conseguiu mobilizar o país" e destacou, na sua área governativa, que em julho foi atingido "o maior número de sempre de trabalhadores declarados à Segurança Social".

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