O julgamento do caso Raríssimas, onde Paula Brito e Costa é acusada de ter gasto mais de 380.000 euros da associação para uso pessoal, começou esta quinta-feira.
Quatro anos depois, a ex-presidente e fundadora da Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras esteve, pela primeira vez, em tribunal com representantes da instituição de onde foi afastada em 2017.
A ex-presidente da Raríssimas foi constituída arguida, acusada dos crimes de recebimento indevido de vantagem, peculato e falsificação de documentos.
No entanto, as acusações são mútuas. A ex-presidente da Raríssimas pede uma indemnização de 147.000 euros por ter sido despedida da instituição, considerando ilegal o processo de despedimento. Paula Brito e Costa alega que depois de se ter afastado da direção da Raríssimas sofreu ansiedade e depressão.
Segundo uma testemunha ouvida em tribunal, familiar de Paula Brito e Costa, depois do escândalo a ex-presidente ficou com "muita tristeza, mágoa e sentimento de injustiça" e teve "acompanhamento psicológico".
Uma outra testemunha, ligada à empresa que fazia a revisão de contas da Raríssimas, diz que a instituição era viável, mas que no relatório de 2016 houve movimentos que não foram registados na contabilidade. Referindo ainda que o diretor financeiro não passava toda a informação que era necessária.
Já a Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras exige à fundadora que devolva os mais de 380 mil euros que terá usado para benefício pessoal.