Há 20 anos foram descobertas as primeiras pinturas rupestres no concelho de Mação. E continuam a surgir novos vestígios da arte dos povos do paleolítico que habitaram o território há cerca de 20 mil anos. As descobertas estão a merecer o interesse da comunidade cientifica internacional.
O vale do Ocreza, no concelho de Mação, continua a surpreender. Além da beleza natural deste espaço, foi no inicio do século XXI que começaram os trabalhos de investigações dos vestígios rupestres.
A primeira gravura a ser encontrada foi a do “Cavalo do Ocresa”, em 2000, uma gravura rupestre paleolítica com cerca de 20 mil anos, seguindo-se a identificação de mais de 50 gravuras desenhadas nas rochas junto ao rio.
Para Anabela Pereira, que investiga este local há duas décadas, a quantidade e qualidade dos achados tem permitido a continuidade das campanhas. Da escavação que decorreu nos últimos meses, resultou na descoberta de um painel, de grande relevância nacional e internacional.
Este vestígio agora encontrado vai ser apresentado no Congresso da União Internacional das Ciências Pré-Históricas em Marrocos. Esta nova descoberta abre portas à continuidade de um trabalho fundamental para o conhecimento de um passado remoto.
As visitas do público, são feitas mediante marcação e com o acompanhamento assegurado pelos serviços da autarquia.