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Ivo Rosa diz que extinção do "Ticão" prejudica eficácia da Justiça

Refere ainda que as escutas dos megaprocessos podem estar em causa.

O juiz Ivo Rosa, durante a sessão do debate instrutório no âmbito do processo Operação Marquês, no Campus de Justiça, em Lisboa
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O juiz Ivo Rosa alerta que, com a extinção do Tribunal Central de Instrução Criminal, as escutas dos megaprocessos podem estar em causa e, por isso, prevê que a alteração prevista para janeiro possa levar a uma menor eficácia da Justiça.

A entrada em vigor está prevista para 4 de janeiro e prevê profundas mudanças no funcionamento e composição do Tribunal Central de Instrução Criminal, o chamado "Ticão", por onde passam todos os megaprocessos.

Por exemplo, em vez dos atuais dois juizes de instrução, passam a ser nove.

O juiz Ivo Rosa fala de uma opção legislativa contraditória e que põe fim à especialização.

O Governo diz que é um passo importante para melhorar o sistema e acabar com a personalização da Justiça, contudo, Ivo Rosa, o juiz que tem em mãos alguns dos principais e mais complexos processos em Portugal, avisa que a justiça criminal e a luta contra a criminalidade complexa e organizada sai a perder com esta alteração.

Ivo Rosa fala na menorização do papel do juiz de instrução criminal e da diminuição de garantias processuais.

Refere, também, que o volume de trabalho, que diz já ser elevado, vai aumentar.

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