Milhares de manifestantes de todo o país participaram este sábado na ação nacional convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) para exigir melhores condições laborais.
A organização estima que tenham participado cerca de 20 mil pessoas vindas de todo o país, em mais de 50 autocarros e em dois comboios, provenientes do Porto, a par dos que se deslocaram a Lisboa de transportes públicos ou em transporte próprio.
A CGTP marcou este protesto por considerar "urgente dar resposta às reivindicações dos trabalhadores, do setor público e do privado, resolvendo os problemas estruturais do mundo do trabalho - há muito identificados -, e cuja resolução se tem arrastado ao longo dos anos - baixos salários, precariedade, desregulação dos horários, normas gravosas da legislação laboral, entre outros".
Os líderes dos partidos da esquerda participaram na manifestação e apontaram o dedo ao Governo.
A líder do Bloco de Esquerda esteve presente e defendeu que a direita não é solução para resolver os problemas do país e a esquerda recusou até aqui mexer nas leis laborais. Para Catarina Martins é isso que também vai a eleições.
Jerónimo de Sousa também se juntou à luta da CGTP. O líder dos comunistas diz que a questão dos aumentos salariais foi um dos pontos que levou à rutura com o Governo.
Segundo a central sindical, a situação atual "exige a adoção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente com o aumento geral dos salários e das pensões, a valorização das carreiras e profissões, a erradicação da precariedade, as 35 horas para todos sem redução de salário e o combate à desregulação dos horários, a revogação das normas gravosas da legislação laboral".