As condenações por corrupção mais do que duplicaram nos últimos 10 anos. Os números do Ministério Público são vistos pelo sindicato dos magistrados como resultado da maior especialização dos investigadores e do acesso facilitado a contas bancárias.
Na última década mais do que duplicaram as condenações por corrupção ativa e passiva. Em 2011, 35% dos 130 arguidos foram condenados. Em 2020, 74% em 124.
Para o sindicato dos magistrados do MP, a falta de meios tem sido um obstáculo para minimizar um crime que, segundo o Jornal de Notícias, deu origem a cerca de cinco mil inquéritos, muitos arquivados por não existirem provas ou por não se confirmar crime.
Em regra, as condenações por corrupção envolvem decisores públicos, a maioria nas autarquias, que favorecem alguém em troca de luvas ou outras contrapartidas.
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