O Chega considerou, este sábado, um ato de "propaganda política descarada" do primeiro-ministro, antes das eleições legislativas, a exoneração de Mendes Calado e a nomeação de Gouveia e Melo como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA).
A direção nacional do Chega criticou a "substituição precoce" do CEMA e acusou António Costa de usar "todos os meios ao seu dispor para uma propaganda política descarada ao seu Governo", adiantando que vai pedir esclarecimentos sobre o assunto.
Apontando críticas também ao Presidente da República, o partido liderado por André Ventura disse que "não só é perverso" que Marcelo Rebelo de Sousa "aceite fazer parte desta encenação de propaganda a tão poucos dias das eleições legislativas, como é desrespeitoso da sua parte tendo em conta a sua posição de comandante supremo das Forças Armadas".
Na quinta-feira, através uma nota publicada no site da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa deu conta de que vai nomear o vice-almirante Henrique de Gouveia e Melo como CEMA e promovê-lo ao posto de almirante, depois de no mesmo dia o Conselho de Ministros ter aprovado propor a nomeação ao Presidente da República.
O chefe de Estado informou também que vai dar posse a Gouveia e Melo na segunda-feira, considerando "ser chegado o tempo" de exonerar Mendes Calado do cargo.
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