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Greve dos trabalhadores da CP: “Lamentamos que, até à data, não tenhamos sido chamados para tentar chegar a um acordo”

Diz o Sindicato da Área Comercial da CP.

Greve dos trabalhadores da CP: “Lamentamos que, até à data, não tenhamos sido chamados para tentar chegar a um acordo”

Os trabalhadores da CP cumprem esta segunda-feira um dia de greve, sendo apenas garantidos os serviços mínimos, no entanto, os efeitos da paralisação poderão estender-se até ao dia de amanhã. Os sindicatos esperam sentar-se à mesa das negociações com a empresa.

A paralisação começou à meia-noite e dura 24 horas, com apenas os serviços mínimos assegurados – cerca de 25% dos comboios rápidos, os alfas e os intercidades.

“Ontem, [a greve] teve um impacto considerável e vai ter hoje o dia todo. Amanhã, também vai haver esse constrangimento de manhã desses comboios que não estão contemplados nos serviços mínimos”, garante Sérgio Miguel, trabalhador da Fectrans, sobre a possibilidade de a greve se estender.

A Fectrans e o seu sindicato, filiados na CGTP, reivindicam um aumento mínimo de 90 euros para todos os trabalhadores da CP, a quem foi aplicada uma atualização de 0,9%, tal como foi imposto a todo o Setor Empresarial do Estado e Administração Pública.

“Nós, neste momento, pretendíamos que houvesse uma equidade entre todos os trabalhadores, a qual não foi possível. Lamentamos que, até à data, não tenhamos sido chamados para tentar chegar a uma boa plataforma de negociação”, diz o Sindicato da Área Comercial da CP.

António Lemos acrescenta ainda que os trabalhadores tentaram “ao máximo evitar este tipo de conflito porque não faz sentido nenhum os clientes serem prejudicados”.

A decisão foi tomada no final de abril, em plenários descentralizados de trabalhadores que se realizaram no Porto, no Entroncamento e em Lisboa e foram promovidos pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

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