A falta de nadadores-salvadores tem sido um problema no arranque da época balnear. Desde o início do ano, o número de pessoas afogadas nas praias portuguesas bateu o recorde dos últimos cinco anos.
Na Praia da Memória, em Leça da Palmeira, há dois nadadores-salvadores a fazer a ronda para garantir a segurança dos banhistas. Além de serem poucos, têm de estar atentos também à praia vizinha que não é vigiada e onde um pescador morreu afogado há duas semanas e uma senhora foi arrastada pelas ondas a semana passada.
Atualmente, há sete praias não vigiadas na zona Norte, que contam apenas com o apoio do sistema de salvamento balnear da Câmara de Matosinhos.
Desde janeiro, já morreram afogadas 52 pessoas em Portugal, um valor recorde dos últimos cinco anos. Tendo em conta a situação, aos banhistas são pedidos cuidados redobrados.
Ao todo, deviam estar 40 nadadores-salvadores nas praias do Porto a Angeiras, mas só estão 12 a fazer a vigilância, sendo a maior parte estudantes. A falta de incentivos está na origem desta quebra.
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