

Este fim de semana ficou marcado por greves no setor da aviação. Em Portugal, vários voos foram cancelados, o que gerou longas filas de passageiros no aeroporto de Lisboa. Em Faro e no Porto, a crise aeroportuária está a ter impactos limitados.
Na manhã deste domingo voltaram a acumular-se filas de passageiros que procuravam uma solução. Com os hotéis mais próximos completamente ocupados, muitos têm dormido fora da cidade, regressando no dia seguinte para poder comer no aeroporto.
Para alguns passageiros tem havido uma alternativa com voos remarcados e cartões de embarque na mão.
No sábado foram cancelados pelo menos 65 voos. Este domingo, foram cerca de 40, praticamente todos da TAP.
A ANA Aeroportos explica que os cancelamentos estão relacionados com uma série de greves no setor da aviação, sobretudo na Europa, e que os atrasos se devem ainda ao jato privado que esta sexta-feira obrigou ao encerramento da pista durante várias horas.
Impacto no Porto e em Faro é residual
A crise aeroportuária parece não interromper a chegada de turistas ao aeroporto de Faro. Em mais de 200 voos operados, apenas dois foram cancelados em cada um dos últimos dois dias.
Os efeitos da crise aeroportuária sentem-se essencialmente na pontualidade, numa espécie de efeito em cascata. Aviões retidos em Paris ou Amesterdão, atrasam os voos subsequentes. A maioria 15 minutos a meia hora, mas há casos em que chega às duas horas – nada que chateie quem contava com pior cenário.
A norte o cenário é igual. No Aeroporto Sá Carneiro, facto de não operar voos de ligação, limita os impactos das dificuldades de operação nos aeroportos europeus. Ainda assim, há aviões a partir e a chegar com atrasos.
As ligações diretas a Paris e a Londres foram, este domingo, as mais afetadas e aquelas onde os atrasos chegaram às duas horas. De um total de 144 chegadas, um único voo foi cancelado: o avião da TAP que vinha de São Paulo, no Brasil, não chegou a descolar.