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Chega vai apresentar moção de censura a Santos Silva após caso "inédito"

O partido de André Ventura abandonou o Hemiciclo como forma de protesto perante atitude de Santos Silva.

Chega vai apresentar moção de censura a Santos Silva após caso "inédito"
SOPA Images

O Chega abandonou esta quinta-feira o Hemiciclo após considerar que Santos Silva "violou o estatuto de presidente da Assembleia", num caso que Ventura considera como "inédito". Isto aconteceu durante um debate sobre as alterações ao regime jurídico, que permite a entrada e permanência de estrangeiros em Portugal.

Augusto Santos Silva decidiu fazer um comentário ao projeto lei apresentado, o que "viola as funções do presidente da Assembleia, definidas na Constituição da República", entende Ventura.

André Ventura considera que esta "atitude não é nova em Santos Silva, é contínua e continua a agravar-se com poucos meses de maioria socialista nesta Câmara".

O líder do Chega acusa Santos Silva de ser "refém da maioria absoluta" do PS e, por isso, vai avançar com uma moção de censura ao presidente da Assembleia da República, em setembro.

"Faz o que essa maioria absoluta lhe diz para fazer e silenciar o Chega é aquilo que tem que fazer", considera André Ventura.

Assim sendo, o Chega renuncia regressar esta quinta-feira à Assembleia da República e indica que será agendada para o início de setembro, a moção de censura a Augusto Santos Silva.

"A maioria do PS ditará a sua sorte, mas que não deixará de ser um sinal político e sobretudo, um sinal aos outros partidos, muito preocupante dos tempos que se avizinham em Portugal com a maioria absoluta socialista", explica o líder do Chega.