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"Gás russo está a ser usado como arma de guerra" de forma a "desunir a UE"

Garante Mónica Silva, professora do Instituto de Estudos Políticos e Comentadora SIC

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O fornecimento de gás através do gasoduto Nordstream1 foi retomado após 10 dias de trabalhos de manutenção. O volume de abastecimento será aumentado nos próximos dias, mas, para já a Alemanha diz que está apenas nos 30%. Este reabastecimento acontece numa altura em que os países europeus tentam aumentar as reservas de gás para o inverno depois de Bruxelas anunciar que nos próximos meses pretende reduzir as importações de gás russo em 15%.

Mónica Dias, professora do Instituto de Estudos Políticos e Comentadora SIC, acredita que a medida de cortar em 15% as importações de gás russo é um importante teste à união dos países pertencentes à União Europeia (UE). A comentadora afirma que embora que importante, esta decisão é um plano B.

Essa decisão não é imediata e Mónica Silva garante é fundamental aguardar até ser possível esclarecer de que forma as as reservas de gás da Alemanha e dos restante países europeus irão aguentar.

Em relação ao Nordstream1, este gasoduto esteve 10 dias inoperacional devido a operações de manutenção, mas entretanto já voltou a funcionar contudo, a Alemanha garante que apenas está a funcionar com 30% da capacidade. Num momento instável em relação ao fornecimento de gás por parte da Rússia, Mónica silva diz que esta medida pretende atingir a Alemanha, que é uma das principais forças económicas europeias, e com isso afetar os restantes países da UE.

A comentadora acredita que o gás está a ser utilizado como arma política, com o objetivo de "desunir a UE".

Num momento em que muitos governos europeus vivem momentos de instabilidade política, Mónica Silva reitera que os países da União Europeia têm de "apoiar politicamente e diplomaticamente a Alemanha".