O líder do Chega já aceitou a demissão de Gabriel Mithá Ribeiro. André Ventura diz que o objetivo do deputado é representar Leiria, círculo pelo qual foi eleito.
O deputado já tinha solicitado a demissão há algumas semanas, com o objetivo de se focar no trabalho de representação de Leiria. O Chega vai ter nos próximos meses uma profunda reorganização estrutural interna.
No domingo, Gabriel Mithá Ribeiro foi afastado do cargo de coordenador do gabinete de estudos do Chega.
Após esta decisão, Gabriel Mithá Ribeiro, também deputado, apresentou a demissão da vice-presidência do Chega.
Nesse email, Mithá Ribeiro refere que já tinha pedido para sair da direção no passado dia 9 de julho, justificando que a sua decisão se torna “inevitável” devido ao “afastamento do cargo de coordenador do gabinete de estudos”.
Incêndios: as críticas a Mariana Vieira da Silva e Marcelo Rebelo de Sousa
Na mesma conferência de imprensa, André Ventura lançou críticas a Mariana Vieira da Silva e a Marcelo Rebelo de Sousa.
O líder do Chega diz mesmo que a ministra da Presidência, que está a substituir o primeiro-ministro durante as suas férias, perdeu credibilidade para continuar no cargo depois das declarações que fez esta segunda-feira.
Mariana Vieira da Silva, em substituição de António Costa – que está de férias – disse que a Serra da Estrela sairá melhor até destes incêndios. É dramático e triste que uma governante possa ver algum bem num incêndio como aquele.
Ventura diz que a ministra “dificilmente” conseguirá manter “a dignidade institucional necessária para se manter no cargo”.
Depois disso, lançou também críticas ao Presidente da República, acusando-o de apoiar o Governo.
O Presidente da República esteve muito mal nestes dias, ao justificar o Governo e a alhear-se de ser o representante verdadeiro do povo. Está a revelar-se neste mandato muito diferente dos outros. Uma grande parte dos presidentes na história democrática portuguesa conseguiram libertar-se no segundo mandato das amarras dos objetivos da reeleição e dos objetivos políticos de curto prazo. Marcelo continua com alguma fixação política em Costa e no PS.
Não se compreende como num cenário tão trágico como este e com falhas tão evidentes do Executivo, continua a apoiar e até a incentivar o Governo.