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Montenegro critica atraso do Governo nas medidas de apoio às famílias

O líder do PSD considera ainda que a saída de Marta Temido representa “a falência” da política de saúde do PS

Montenegro critica atraso do Governo nas medidas de apoio às famílias
Horacio Villalobos

Luís Montenegro, presidente do PSD, diz que o pacote de medidas de apoio social do Governo é uma medida tardia. O líder da oposição realça que o partido propôs várias medidas desde abril.

Desde abril que tempos alertado o Governo para a necessidade de se criarem medidas de apoio social que possam, de alguma maneira, colmatar todas as dificuldades que estão a advir para a vida das pessoas pelo aumento do preço dos bens alimentares, de bens essenciais (como a energia, a eletricidade, o gás, os combustíveis)”, disse Montenegro, considerando que o Governo teve “grande insensibilidade social”

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O PSD apresentou esta sexta-feira um pacote de medidas de apoio para responder à crise energética e ao aumento da inflação. Entre as medidas está a atribuição de um vale alimentar de 40 euros mensais a reformados e pensionistas com pensões inferiores a 1,108 euros, o aumento do abono de família para crianças e jovens e a diminuição da taxa do IVA na energia.

O Governo até há pouco tempo sempre disse que não era possível [diminuir o IVA da energia] em função de constrangimentos europeus mas que, inexplicavelmente, em toda a Europa todos os governos foram, nos últimos meses, precisamente tomando essa medida”, afirma o líder do PSD.

Saída de Marta Temido representa “falência do projeto do PS” para a Saúde

Luís Montenegro acredita que a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido, representa “a falência” da política de saúde do PS. O líder do PSD pede a António Costa que reconheça a “sua política de saúde conduz ao estrangulamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

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Os portugueses têm hoje as urgências encerradas em muitas especialidades, filas de espera à porta das urgências que são manifestamente intoleráveis, uma franja maior da população sem acesso a médico de família, listas de espera intoleráveis para consultas, cirurgias, tratamentos. Isso tudo tem a ver com uma política de saúde que fracassou”, afirma.

Montenegro acusa António Costa de ser “o maior amigo da saúde privada em Portugal”. “Enquanto o primeiro-ministro não reconhecer que é este caminho que tem prosseguido que desemboca nestas consequências, nós não vamos ter uma inversão da situação e a situação só tende a piorar.