O ministro das Finanças admite que as medidas de apoio às famílias não chegam para compensar a subida dos preços. No Parlamento, Fernando Medina garantiu que o Governo foi até onde podia ir para não colocar em causa as contas do Estado.
Depois de Mário Centeno e João Leão, também Fernando Medina defende a máxima das contas certas. Diz que é graças a essa prudência que, mesmo depois da pandemia e dos efeitos da guerra, Portugal deverá crescer, este ano, acima dos 6% – já a contar com o pacote de dois mil milhões de euros de ajuda às famílias no combate à inflação.
Entre as medidas mais polémicas está o aumento das pensões, que não será de 8%, como se previa. Ficará pela metade, mais um extra pago já em outubro. Sobre 2024, nem uma palavra. O ministro diz que é um tema para mais tarde.
Defende que também que ainda não é momento de avançar com um novo imposto sobre os lucros excessivos. Esta medida, a juntar à possibilidade dos consumidores de gás poderem agora passar para o mercado regulado, traz uma poupança global de 800 milhões de euros para os portugueses, segundo o ministro das Finanças.
Quanto ao Novo Banco, Fernando Medina garante que não haverá novas injeções de capital e quer concluir a reestruturação em breve. Admite, no entanto, que o processo ainda possa ter alguns custos.
Sobre a contratação de Sérgio Figueiredo, Medina diz apenas que o Ministério das Finanças ainda procura alguém para ocupar o cargo de consultor que o antigo diretor de informação da TVI, depois da polémica, acabou por recusar.