O partido da Iniciativa Liberal disse, esta quinta-feira, no Parlamento, que há três esquadras informais chinesas a atuar em Portugal para repatriar cidadãos. António Costa assegurou desconhecer o caso e pediu a João Cotrim de Figueiredo que informasse de imediato a Procuradoria-Geral da Republica.
Segundo a lista das moradas do relatório da ONG, a que a Iniciativa Liberal teve acesso, três dessas esquadras estarão instaladas nas regiões de Lisboa, Porto e Madeira. Na região do Porto, a alegada esquadra informal fica numa zona industrial em Vila Conde, tradicionalmente ocupada por comércio chinês.
A SIC conseguiu falar com dois funcionários da morada em questão que disseram que o dono tinha viajado esta quinta-feira para a Alemanha e estará incontactável até à próxima semana.
Durante o debate na Assembleia da República, João Cotrim de Figueiredo, deputado do Iniciativa Liberal, denunciou a existência de esquadras chinesas a atuar em Portugal para repatriar cidadãos.
Cotrim de Figueiredo diz que a presença dessas esquadras em Portugal é grave. Acrescentou ainda que há indícios de que estas instalações ilegais estejam articuladas com o departamento da Frente Unida do Partido comunista Chinês.
Confrontado com o caso, António Costa assegurou não ter qualquer conhecimento. Alertou Cotrim de Figueiredo que devia partilhar essa pasta com a Procuradoria-Geral da Republica. Segundo o líder da Iniciativa Liberal, as esquadras informais servem para monitorizar, investigar e repatriar, sob coação, cidadãos de origem chinesa residentes nos países destacados.
A procuradoria-geral da Republica foi contactada pela SIC mas até ao momento não obteve resposta.