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Aumentos na função pública são "insuficientes" e levam a perda do poder de compra

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O STE, aFESAP e a Frente Comum criticam os aumentos anunciados pelo Governo.

O Governo anunciou esta segunda-feira que propõe aos sindicatos da administração pública aumentos salariais entre 8% e 2%. Porém, esta proposta é considera insuficiente face à perda de poder de compra e ao aumento da inflação.

A Frente Comum, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) estiveram reunidos com o Governo, que propôs uma subida salarial mínima de 52 euros.

Helena Rodrigues, presidente do STE, indica que os valores estão abaixo da inflação e sublinha que há claramente uma perda do poder de compra dos portugueses.

"Vamos diminuir as remunerações de uns, vamos fazer perder poder de compra de uns trabalhadores para dar aos outros", criticou Helena Rodrigues.

"Nós pensávamos que o Governo conseguiria fazer melhor e, neste momento, tem recursos e possibilidades de o fazer", defendeu a presidente do STE.

O presidente da FESAP concorda com a perda de poder de compra e acrescenta alguns pontos positivos.

"A proposta é insuficiente, porque vai criar condições para que os anos seguintes, 2023 em concreto, possam vir a ser objeto de perda de poder de compra dos trabalhadores, mas também tem alguns aspetos valorizáveis no que diz respeito aos assistentes técnicos, que vão ter um aumento de cerca de 104 euros já em 2023 e aos assistentes operacionais que vão ter um aumento de cerca de 60 euros", disse Abraão.

Sebastião Santana, o coordenador da Frente Comum, admite que a proposta de aumentos salariais fica “muito aquém” da inflação e não responde aos problemas dos trabalhadores.

"O Governo mais uma vez apresenta uma proposta de atualização salarial que fica muito aquém daquilo que é a inflação média verificada", sublinhou o líder sindical, acrescentando que "não responde desde já à necessidade imediata de fazer face à perda de poder de compra em 2022".

O impacto orçamental de 1.200 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) inclui 738 milhões de euros dos aumentos salariais, 284 milhões de euros em progressões e promoções e mais 142 milhões com a valorização das três carreiras gerais da administração pública.

O conjunto das medidas em 2022 para a função pública, incluindo progressões e promoções, o aumento do salário mínimo e as novas entradas, tiveram um impacto de 680 milhões de euros, equivalente a um aumento da massa salarial em 2,7%, segundo o Governo.

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