Ao que a SIC apurou, a decisão foi tomada pela juíza Ana Assunção, a quem calhou o processo secundário em que Ricardo Salgado está acusado de ter corrompido o ex-vice-presidente do Banco do Brasil.
Além do antigo banqueiro, há mais sete arguidos. No despacho, a que a SIC teve acesso, a magistrada justifica a apensação com o facto dos dois casos terem conexão e estarem historicamente relacionados, entendendo, por isso, que faz todo o sentido serem avaliados em conjunto.
A juíza declara-se assim incompetente para seguir com a instrução do processo e determina a sua apensação ao megaprocesso da queda do império Espírito Santo, que está, desde setembro, nas mãos de um magistrado com apenas dois anos de experiência.
Só a acusação tem 200 páginas que se juntam ao enorme caso principal que já esteve nas mãos do juiz Ivo Rosa e está, desde setembro, com um magistrado com menos experiência.
É esse juiz que terá agora a árdua tarefa de decidir se os arguidos devem ou não ser julgados e por que crimes. Acontece que, a junção dos dois processos pode atrasar, ainda mais, a decisão final.
[Notícia atualizada às 18:51]