
O secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro continua sem dar explicações sobre o adiantamento de 300 mil euros que fez a uma empresa, quando era presidente da Câmara de Caminha.
Esta manhã numa visita à Bial, na Trofa, e quando saiu foi confrontado pela SIC sobre o caso, Miguel Alves nada quis dizer. Também o primeiro-ministro António Costa não teceu quaisquer comentários.
No cerne da questão está o contrato para a construção de um centro de exposições em Caminha, que está sob investigação do Ministério Público. O presidente da Câmara na altura era Miguel Alves e que, desde meados de setembro, é secretário de Estado adjunto de António Costa.
Em causa está um adiantamento de 300 mil euros a uma empresa. A autarquia diz que não há nada de ilegal, opinião diferente tem a oposição que exige esclarecimentos.
“A Câmara ficava presa a um contrato, 25 mil euros por mês, só para dar garantia a um privado. Ainda por cima, um privado que não ainda nem sequer tinha comprado terreno nenhum. As informações que nós temos é que os donos dos terrenos não chegaram a acordo, não quiseram vender os terrenos. Portanto, este contrato de arrendamento que foi feito não tem valor nenhum neste momento”, afirma a vereadora do PSD, Liliana Silva.
O contrato foi assinado em 2020, um negócio aprovado pela maioria socialista, mas que levantou dúvidas desde o início.
Em março de 2021, a Câmara presidida por Miguel Alves, adiantava 300 mil euros ao futuro senhorio.
Os contornos do negócio foram revelados na quarta-feira pelo jornal Público, tendo Miguel Alves remetido quaisquer esclarecimentos para a Câmara Municipal.