O Governo ainda não decidiu se este ano letivo os exames nacionais vão contar para a média dos alunos do ensino secundário. Em entrevista ao jornal Público, o ministro da Educação, João Costa, disse: "A nossa vontade é que seja definido até ao final do 1.º período".
Sobre este assunto, o Governo vai tomar uma decisão mais permanente, ou seja, se os exames do secundário passam ou não a ser definitivamente apenas provas de acesso ao superior.
"Estamos em diálogo com o ensino superior para tomar uma decisão de uma forma mais permanente. A nossa vontade é que seja definido até ao final do 1.º período", esclareceu o ministro da Educação, em entrevista ao Público.
A alteração das regras relativas aos exames dos secundário desde o início da pandemia, condicionou os indicadores do sucesso escolar dos últimos anos. A percentagem de alunos que conseguem fazer o secundário sem chumbos nunca foi tão grande, como foi revelado na semana passada.
Para esses resultados tem contribuído o facto do peso do exame na nota final ser residual. Verifica-se também uma melhoria dos indicadores nos cursos profissionais e nos cursos artísticos especializados.
Esta quarta-feira, dia de greve de professores, o ministro da Educação apresenta o orçamento da Educação no Parlamento. Os docentes defendem que o Governo está a investir pouco no setor.
"O orçamento tem de ser lido em conjunto com o orçamento dos órgãos de soberania, já que há uma verba que sai da Educação por conta da descentralização. Quando agregamos as duas áreas de um orçamento e de outro, temos 7 mil 952 milhões de euros. Isto corresponde a um acumulado desde 2015 de 36%. E volta a crescer. Mesmo num contexto de crise". justifica João Costa.