Os professores estão hoje em greve e milhares de alunos podem não ter aulas.No dia em que será discutido o Orçamento do Estado, os docentes de todo o país vão manifestar-se durante a tarde frente à Assembleia para exigirem mudanças na carreira e nos salários contestando a falta de investimento na Educação.
Convocada por sete organizações, entre elas FNE e FENPROF, a greve nacional reforça reivindicações antigas como a valorização da carreira, o combate à precariedade e a dignidade para uma profissão envelhecida.
As várias estruturas sindicais associadas aos professores e educadores escolheram o dia de hoje para fazer coincidir a greve nacional com a intervenção do ministro da Educação, João Costa, na Assembleia da República, em defesa da proposta orçamental para o setor no próximo ano.
Os sindicatos criticam o novo regime de mobilidade por doença e a possibilidade aberta pelo Ministério de os diretores escolares contratarem docentes.
Dizem ser "paliativos" num Orçamento do Estado que prevê 6,9 mil milhões de euros para o setor em 2023.
As razões dos professores encerraram algumas escolas em Lisboa como a Marquesa de Alorna ou a dos Olivais, onde a adesão à greve foi quase de 100 por cento.

No distrito do Porto, o impacto está a ser sentido ao nível do pré-escolar e primeiro ciclo com várias escolas fechadas e outras abertas mas com apenas um professor a dar aulas. Quanto aos 2.º e 3.º ciclos e Secundário, ainda esta a ser feito o apuramento do impacto da greve.
Em Coimbra, muitas escolas estão hoje a funcionar a meio gás, apenas com parte dos professores, mas há também casos de escolas encerradas devido à greve.
