O homem que apareceu morto, com sinais de violência, no domingo, em São Brás de Alportel, é um dos arguidos do caso Hells Angels. Tudo aponta para uma execução por ajuste de contas.
O que sobrou das fitas da GNR, assinala o acesso ao lugar onde o corpo de Rui Silva foi encontrado. O homem de 35 anos foi encontrado sem vida, junto a um caminho de terra batida, na serra de são Brás de Alportel, a três quilómetros da fonte férrea.
Exibia vários golpes no pescoço e um tiro na cabeça, que indiciaram às autoridades uma possível execução. Suspeita-se de ajuste de contas.
A vítima, residente em Faro, fez parte do grupo de 89 detidos no âmbito do processo Hells Angels, um caso que envolve acusações de associação criminosa, tentativa de homicídio, ofensas à integridade física, extorsão, roubo, posse de arma e tráfico de droga. Rui Silva chegou a estar detido preventivamente por esse processo, mas foi, mais tarde, libertado.
O processo remonta a 2018, quando um grupo motard invadiu um restaurante no Prior Velho. O espaço acolhia rivais dos Hells Angels – do qual fazia parte Mário Machado, líder do entretanto extinto movimento de extrema-direita Nova Ordem Social.
De acordo com o Correio da Manhã, Rui Santos estaria atualmente em prisão domiciliaria por um novo processo de furtos e roubos. Há alguns dias que as autoridades o tentavam localizar, uma vez que a pulseira eletrónica tinha deixado de dar sinal.
A descoberta do corpo acontece poucos dias depois da judiciária ter detetado uma maior movimentação de motards estrangeiros, membros do grupo Hells Angels, nos arredores de Almancil, no Algarve.