Depois das fortes chuvas na zona da Grande Lisboa que provocaram inundações, é tempo de fazer contas aos prejuízos e arranjar soluções para evitar o que aconteceu esta semana.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu a criação de apoios financeiros para ajudar quem foi afetado pelas cheias. A autarquia de Oeiras anunciou esta quinta-feira que vai criar um fundo, cujo valor ainda será determinado, para apoiar os comerciantes que foram afetados pelas cheias.
Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, considera que o aviso vermelho do IPMA foi dado “em cima da hora” e que por isso, “já não havia nada para fazer” para prevenir as inundações.
“O aviso vermelho foi dado em cima da hora, mas aí também já não havia nada a fazer. A água era tanta, era tanta, que o que é que os comerciantes podiam fazer? Se fossem avisados com um ou dois dias de antecedência ainda podiam tirar, porque impedir que a água entre, não há hipótese de impedir”, afirmou o autarca.
Por sua vez, Carlos Moedas, Presidente da Câmara de Lisboa, garante que houve prevenção e que os alertas foram dados.
“Um dia antes de isto acontecer, nós enviamos um e-mail que dizia que era possível que isto acontecesse a todas as juntas”, revelou o autarca, sublinhando que tinha falado pessoalmente com os 24 presidentes das freguesias da capital.
Está em curso um plano para evitar inundações, acrescentou Moedas, apesar de admitir que o problema não é de agora. Mas há quem aponte falhas à prevenção. Para o ex-vereador do Ambiente da Câmara Municipal a situação devia ter sido prevista mais cedo.
“Eu julgo que houve falhas porque se há carros em túneis é porque os túneis não estavam fechados”, apontou José Sá Fernandes em entrevista à SIC Notícias.