Jéssica foi sinalizada no hospital, quando nasceu, mas o processo terá sido arquivado um mês antes de morrer, no final de maio, quando tinha três anos.
A família foi sujeita a avaliações e as autoridades concluíram que a violência doméstica, a ameaça, terá terminado com a partida do progenitor para o estrangeiro.
A menina de três anos morreu a 20 de junho de 2022 por alegados maus-tratos. Jéssica apresentava vários hematomas no corpo e tinha pedaços de cabelo arrancados. Na altura, o alerta foi dado pela mãe, que foi esta quinta-feira detida.
A tragédia ainda está envolta numa escura nebulosa. Alegadamente, a mãe terá deixado, durante cinco dias, a criança aos cuidados da ama, uma mulher de 52 anos que vivia com o marido de 58 e a filha de 27.
Inês, a mãe, deveria 400 euros à suposta ama que, por conta do pagamento, tê-la-á obrigado a deixar a criança ao cuidado dela, como garantia.
A progenitora terá alegado que foi impedida de ver a filha e que só a foi buscar porque a criança precisaria de cuidados médicos.
Jéssica ainda foi assistida de emergência em casa e depois transportada para o Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, onde apesar das manobras de reanimação não resistiu.
Na altura, a ama, o marido e a filha foram detidos por suspeita do homicídio qualificado, rapto, extorsão e ofensas à integridade física e ficaram em prisão preventiva. A mãe de Jéssica e o padrasto foram ouvidos, mas não foram constituídos arguidos.
Esta quinta-feira Inês Tomás e um homem, de 28 anos, filho da alegada ama e do companheiro foram detidos por serem "suspeitos de estarem relacionados com a morte da criança".
Os dois detidos serão presentes às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.