Em declarações à TSF, Manuel Pinho afirmou esta sexta-feira que o processo é uma "mentira pegada" e garante que a EDP não foi favorecida. O ex-ministro da Economia voltou a garantir que não foi “corrompido de forma alguma” pela EDP e “muito menos pelo BES” ao longo dos quatro anos e meio de mandato.
"Ao longo desse tempo, ninguém - pequena, média ou grande empresa - me fez alguma abordagem que não fosse totalmente correta", declarou.
Manuel Pinho foi acusado esta semana pelo Ministério Público (MP) de corrupção passiva, fraude e branqueamento no Caso EDP.
Em entrevista à SIC, o advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, garantiu que o prazo de prisão preventiva foi ultrapassado. Por isso, apresentou um pedido de Habeas Corpus para a libertação imediata do antigo ministro.
"O que ele visava eram favorecimentos feitos à EDP de coisas que têm a ver com a energia (...). Isso tudo desapareceu do processo", afirmou.
À SIC, o advogado acrescentou que Manuel Pinho, assim como muitos quadros do BES, "recebia parte dos vencimentos e prémios de uma forma irregular":
"Essa era uma política que o BES praticava com a generalidade dos seus quadros".
Manuel Pinho foi constituído arguido no verão de 2017, por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais, num processo relacionado com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo.
O processo tem ainda como arguidos João Conceição, administrador da REN e antigo consultor de Manuel Pinho, Artur Trindade, ex-secretário de Estado da Energia, e o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.