Continua a não haver sinais dos três pescadores desaparecidos no naufrágio do Letícia Clara. Alguns meios envolvidos nas buscas começam a ser desmobilizados ao princípio da tarde devido ao vento e à ondulação, disse fonte da capitania à Lusa.
Às 14:00 o helicóptereo da Força Aérea regressou à base de Ovar. Também a lancha e o semi-rígido retornaram aos portos da Figueira da Foz e da Narazé. O comando das operações, centralizado na praia de Pedrógão, foi desmobilizado a meio da tarde.
O vento e a ondulação dificultaram os esforços para encontrar os três pescadores e a embarcação naufragada sexta-feira.
O Letícia Clara tem 13 metros e meio e não teria equipamento de sinalização de GPS, uma falta que dificulta o socorro. A radiobaliza de emergência de localização não é obrigatória nas embarcações abaixo do 14 metros.
Os tripulantes desaparecidos são imigrantes, habitantes de Vila do Conde, com experiência na pesca.
Previsões meteorológicas
Segundo o capitão do porto da Nazaré, as previsões são para que o vento continue a aumentar de intensidade ao longo do dia de hoje e que segunda-feira haja "bastante ondulação", o que levou à decisão de incidir nas patrulhas em terra, as quais continuarão a ser feitas com meios das capitanias da Nazaré e da Figueira da Foz, com apoio dos bombeiros.
Mário Lopes Figueiredo afirmou que, se existir algum novo indício, os meios podem novamente ser reforçados.
Além do mestre, que chegou a nado à praia de Pedrógão ao fim da tarde de sexta-feira, estavam na embarcação "Letícia Clara", pertencente a um armador de Vila do Conde, mais três tripulantes, dois homens de nacionalidade indonésia e um marroquino, os quais continuam desaparecidos.