Apesar dos problemas constantes nas maternidades do país, o ministro da Saúde disse esta quarta-feira que Portugal é um dos melhores países para se nascer. De acordo com Manuel Pizarro, o país é um dos melhores do mundo “nos seus índices de saúde materno-infantil, destacando 2020 e 2021 como os ”dois melhores anos de sempre ao nível da mortalidade infantil".
“O que temos de fazer? Temos de organizar os nossos serviços de forma a garantir que no presente e no futuro continuamos a assegurar às mães que Portugal é um belo país para se nascer”, apontou.
Depois do tom otimista, o ministro da Saúde reconheceu, em declarações aos jornalistas, que os serviços não estão a trabalhar “em pleno” e que, por isso, é necessário “garantir que as coisas sejam previsíveis” e que as pessoas saibam quais são as maternidades que não estão a funcionar e que possam deslocar-se “por meios próprios, com apoio do INEM e com apoio do hospital de origem” para outra unidade.
“E que isto funcione da forma o mais perfeita possível, de forma a garantir qualidade, segurança e tranquilidade às pessoas.”, acrescentou.
Depois do cenário de caos nas urgências das últimas semanas, Manuel Pizarro classificou a situação atual como “mais calma”, com os doentes a recorrerem com mais frequência à linha de saúde 24 e aos centros de saúde.
Este fim de semana, na véspera de Natal, mais de 200 centros de saúde vão estar abertos e no dia de Natal, domingo, estarão 180. “Temos tido em cada fim de semana cerca de 17 mil portugueses que têm recorrido aos centros de saúde”, revelou o ministro.
“Acho que as pessoas estão a perceber a nossa mensagem. Não podemos sobrecarregar a urgência com procura de pessoas que podiam ser melhor vistas, mais rapidamente vistas, noutros níveis de cuidado”, concluiu.
