Em Portugal, a delinquência juvenil tem vindo a aumentar nos últimos tempos e já fez subir o nível de alerta das autoridades. Mesmo menores, os jovens que cometem crimes arriscam castigos pesados. Dois alunos de 14 e 15 anos assumiram que vandalizaram a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, no passado fim de semana. Os jovens, que se entregaram à PSP, continuam à guarda dos pais.
Delinquência juvenil
Os jovens que assumiram a destruição da escola de Carnaxide têm entre 14 e 15 anos e, por isso, estão livres de qualquer pena de prisão, que só pode ser aplicada a maiores de 16 anos.
No entanto, correm o risco de ir parar a um centro educativo para cumprir uma medida tutelar.
A decisão está nas mãos do juiz de um tribunal de menores, que terá em conta a avaliação do Ministério Público e das equipas de reinserção social.
A decisão judicial passará por um internamento que poderá ir, no máximo, até 2 anos ou ficarem em casa, mas obrigados a realizar tarefas a favor da comunidade ou a ter acompanhamento educativo.
Por causa do aumento da delinquência juvenil, o Ministério da Administração Interna criou há meio ano uma comissão para estudar o fenómeno.
As campainhas soaram quando as polícias detetaram um maior número de crimes violentos praticados por jovens.
A Área Metropolitana de Lisboa e a de Setúbal são das que mais preocupam as autoridades. Só na Grande Lisboa a Judiciária identificou, nos últimos tempos, 30 gangues juvenis e deteve 153 jovens por crimes graves, incluindo homicídios.
As polícias identificaram também várias redes sociais com ameaças entre grupos rivais.

Escola vandalizada em Carnaxide
Dois alunos de 14 e 15 anos assumiram que vandalizaram a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, no passado fim de semana. Os jovens, que se entregaram à PSP de Carnaxide, continuam à guarda dos pais.
Antes de assumir a autoria dos danos, cada um dos jovens, confessou a destruição da Camilo Castelo Branco ao diretor. Nas duas ocasiões os pais estiveram presentes.
A invasão deu-se sábado de madrugada.
Uma vez desligado o alarme, não sobrou um computador ileso, um cacifo em pé, uma sanita ou lavatório intactos. Parte da destruição foi feita com os extintores da escola.
Ninguém entende o que motivou os dois alunos, de 14 e 15 anos, a destruir o local onde viviam grande parte do dia, nem porque regressaram às instalações no dia seguinte, domingo. Só segunda-feira seria detetada a devastação.
A polícia acredita que há mais envolvidos sobre os quais não quer dar pormenores.
A Camilo Castelo Branco estará de regresso ao segundo período com a reconstrução a cargo do parque escolar e com a ajuda da comunidade local.