Dois menores de 14 e 15 anos assumiram ter sido os responsáveis pelos atos de vandalismo na Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, e entregaram-se às autoridades. O diretor do Agrupamento de Escolas de Carnaxide, António Seixas, confirmou que são alunos da escola.
Segundo um comunicado da PSP, os dois menores "acompanhados pelos respetivos progenitores, comparecerem na Esquadra de Polícia de Carnaxide, assumindo a autoria do ilícito".
"Por serem menores e terem sido identificados fora de flagrante delito, os menores em questão permaneceram à guarda dos seus progenitores, que terão de os apresentar, oportunamente, perante a autoridade judiciária competente", adianta a PSP.
A PSP suspeita ainda do envolvimento de uma terceira pessoa.
"Foi possível apurar que os factos, para além dos menores identificados, terão sido praticados por um terceiro, pelo que as diligências prosseguem com vista à sua cabal identificação."
Para além disto, foram efetuadas apreensões, como o vestuário utilizado pelos suspeitos e artigos escolares que tinham sido roubados do interior da papelaria da escola.
Alunos são os autores dos atos de vandalismo em escola de Carnaxide
De acordo com o diretor do Agrupamento de Escolas de Carnaxide, António Seixas, os menores são alunos da escola.
Em declarações à SIC, o diretor revelou ter recebido na quinta-feira os pais dos dois alunos, que confessaram o que tinha ocorrido e que pelo menos mais um estudante estava envolvido nos atos de vandalismo.
Questionado sobre as consequências para estes jovens, António Seixas comunicou que vai articular com o Ministério da Educação quais os procedimentos que a escola pode tomar, mas destaca que "há a outra parte que é a investigação da polícia".
Na SIC Notícias, admitiu a possibilidade de expulsão dos alunos, mas confessou que ainda estava demasiado "surpreso" com a situação para pensar nisso.
A Escola Secundária Camilo Castelo Branco, em Carnaxide, concelho de Oeiras, foi brutalmente vandalizada na madrugada de segunda-feira.
Os atos de vandalismo na Camilo Castelo Branco poderão custar cerca de 150 mil euros. Pelo menos metade dos prejuízos, entre 70 a 80 mil euros, são em material e equipamentos da escola - fotocopiadores e computadores que já estão a ser calculados pela escola com as seguradoras.
