País

Trissomia 21: histórias de superação

Loading...

A SIC acompanhou as histórias de cinco jovens, portadores de Trissomia 21. O dia-a-dia é repleto de desafios e obstáculos para serem autónomos e integrados na sociedade.

A Trissomia 21, como o nome indica, consiste na presença de um cromossoma 21 a mais. É uma doença incluída nas perturbações do desenvolvimento intelectual.

Valquíra Carvalho nasceu há 11 anos. A mãe, Gabriela Pereira, descobriu a condição de Kika, como carinhosamente lhe chama, à nascença.
A Trissomia 21 foi encarada desde muito cedo como uma parte de Valquíra em vez de um obstáculo na sua vida.

Kika é uma menina que se define como inteligente e corajosa. Quer ser professora, o que na prática pode nunca chegar a acontecer... já que a partir do 12º ano de escolaridade as opções para estes jovens escasseiam.

Catarina Casimiro tem 15 anos. Aos 9 anos descobriu o piano numa escola privada de ensino articulado. 6 anos depois, está numa academia musical onde é acompanhada por terapeutas que, através da musicoterapia, desenvolvem e estimulam as capacidades de Catarina. A mãe, Ana Casimiro, é parte do trabalho que é desenvolvido diariamente. Apoia, incentiva e aplaude os avanços e sucessos da Catarina... e chega mesmo a juntar-se para, juntas, partilharem a paixão pela música.

Vicente, com 17 anos, e João, com 29, têm como principal atividade a natação.

Participam em competições nacionais, europeias e mundiais. Trabalham para os resultados, apesar dos pais incentivarem a que se divirtam.

O sonho aponta para a participação nos Jogos Paralímpicos... mas é aí que falha a inclusão.

Trissomia 21 não tem uma categoria própria. Estes jovens são inseridos na categoria de Perturbações do Desenvolvimento Intelectual, o que se traduz em terem de competir com pessoas com características físicas completamente diferentes, por exemplo: mais altos, já que a altura de pessoas com trissomia 21 é frequentemente reduzida.

Sofia Santos trabalha no café Joyeux. Um projeto que pretende incluir e desmistificar, trazido para Portugal pelas mãos da associação VilaComVida.

Sofia fez formações, aprendizagem em contexto de trabalho e estágios. Pelo menos 3 anos de trabalho. A mais recente conquista da jovem foi começar a andar de metro sozinha. Um trabalho que durou vários meses até estar consolidado.

Para que o caminho seja trilhado com sucesso, até nas mais pequenas coisas, cada etapa é feita de trabalho, esforço e compreensão da família, do jovem e de quem os rodeia. Mas mesmo assim, escasseiam opções.

Kika poderá não ser professora. Vicente e João podem nunca ser nadadores paralímpicos. A luta é diária. Por se integrarem, superarem e construir um caminho, que não conhecem a saída.

Últimas Notícias
Mais Vistos