O Governo convocou os sindicatos da educação para novas negociações. As reuniões devem acontecer na próxima quarta-feira e na sexta-feira.
Os principais temas a discutir entre os representantes sindicais e o Ministério da Educação serão a revisão dos regimes de contratação e mobilidade, a recuperação do tempo de serviço e a revisão das carreiras.
Na última reunião, o Executivo comprometeu-se a fazer um levantamento das necessidades do setor e a apresentar propostas concretas.
Os professores acreditam que o Governo e os sindicatos cheguem a acordo nas reuniões marcadas para a próxima semana.
Um pouco por todo o país, têm-se repetido os protestos e algumas escolas foram mesmo obrigadas a encerrar. Em Murtosa, no distrito de Aveiro, dezenas de professores manifestaram-se por melhores as condições de trabalho nas escolas públicas.
Os docentes dizem-se esquecidos pelo Ministério da Educação e saturados pela falta de condições para exercer a profissão. Afirmam que esta luta é “pela educação e pela escola pública”.
O protesto acontece logo às primeiras horas da manhã, o que impacta o arranque das aulas. Os professores exigem progressão na carreira, a contagem de todo o ano de serviço e mudanças no sistema de colocação dos professores.
Fenprof promete acampar em frente ao Ministério da Educação
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) prometeu acampar até sexta-feira em frente ao Ministério da Educação, numa iniciativa que tem início esta terça-feira e que visa obter respostas da tutela às revindicações dos docentes. A promessa foi feita antes da convocatória dos sindicatos.
Os professores estavam dispostos a aguardar no local a apresentação de novas propostas, por parte do Ministério, relacionadas com a revisão do regime dos concursos de colocação, a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das quotas na avaliação e um regime específico de aposentação.