País

“A TAP não é Versailles": trabalhadores exigem demissão "em bloco" da administração

Em protesto, os funcionários estão a bloquear a saída de carros do edifício da companhia aérea, exigindo a demissão do conselho de administração.

Cerca de uma centena de trabalhadores da TAP concentraram-se na entrada das instalações da transportadora aérea para reivindicar melhores condições laborais e a demissão da atual administração, em Lisboa, 13 de janeiro de 2023.
Loading...

Uma centena e meia de trabalhadores reúne-se em protesto junto à saída e entrada dos edifícios da TAP, contestando a gestão feita nos últimos anos pelo conselho de administração da companhia portuguesa.

De manhã, cerca de 30 trabalhadores bloquearam a saída de carros do edifício e a situação normalizou-se por volta das 13:00.

No entanto, o bloqueio voltou a suceder-se no início da tarde.

Ao impedir a saída dos carros, também a entrada ficou congestionada, com uma concentração de veículos a querer entrar nas instalações.

O protesto foi convocado através das redes sociais, com vista a demissão de todo o conselho administrativo, motivado pelas últimas polémicas que assombram a companhia aérea.

Desde o caso da indemnização de meio milhão de euros da ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, até ao pagamento de 450 euros aos diretores para despesas de deslocação com a Uber, os protestantes exigem o fim do despesismo do conselho de administração.

“A TAP não é Versailles”, afirmavam os trabalhadores, numa alusão à nacionalidade francesa da presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener.

Nenhum dos trabalhadores quis prestar declarações, porque temem represálias.

No entanto, a representante da Comissão de Trabalhadores, Cristina Carrilho, diz estar solidária com o protesto, mas que o mais importante é que os trabalhadores recuperem todos os seus direitos.