Uma centena e meia de trabalhadores reúne-se em protesto junto à saída e entrada dos edifícios da TAP, contestando a gestão feita nos últimos anos pelo conselho de administração da companhia portuguesa.
De manhã, cerca de 30 trabalhadores bloquearam a saída de carros do edifício e a situação normalizou-se por volta das 13:00.
No entanto, o bloqueio voltou a suceder-se no início da tarde.
Ao impedir a saída dos carros, também a entrada ficou congestionada, com uma concentração de veículos a querer entrar nas instalações.
O protesto foi convocado através das redes sociais, com vista a demissão de todo o conselho administrativo, motivado pelas últimas polémicas que assombram a companhia aérea.
Desde o caso da indemnização de meio milhão de euros da ex-secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, até ao pagamento de 450 euros aos diretores para despesas de deslocação com a Uber, os protestantes exigem o fim do despesismo do conselho de administração.
“A TAP não é Versailles”, afirmavam os trabalhadores, numa alusão à nacionalidade francesa da presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener.
Nenhum dos trabalhadores quis prestar declarações, porque temem represálias.
No entanto, a representante da Comissão de Trabalhadores, Cristina Carrilho, diz estar solidária com o protesto, mas que o mais importante é que os trabalhadores recuperem todos os seus direitos.