Na véspera de mais uma manifestação de professores em Lisboa e de uma ida ao Palácio de Belém, o presidente do S.TO.P acusa o ministro da Educação de ser intransigente e de não apresentar propostas concretas.
“Há poucas semanas avançou com ataques pessoais, nunca baixamos a esse nível, o que está em causa não são questões pessoais, mas políticas e educativas. Mas de facto o ministro está a arrastar e tem uma postura não dialogante de imposição”, afirma André Pestana, presidente do sindicato.
Mais. O sindicalista diz não compreender o foco do ministro da Educação, João Costa, relativamente às desigualdades entre o corpo docente do continente e das ilhas.
"Como é que o ministro continua a chamar os sindicatos para negociar quando não apresenta nenhuma proposta concreta em questões tão centrais como a questão da igualdade do corpo docente do continente relativamente ao corpo docente da madeira e dos açores?", deixou no ar a questão.
Os representantes das nove organizações sindicais de professores que convocaram a greve por distritos foram recebidos na Presidência da República por Consultores da Casa Civil para apresentar os motivos que motivam os protestos dos docentes, anunciou a Fenprof. Em resposta à SIC, Belém veio esclarecer que o sindicato S.TO.P será recebido no sábado.
No encontro, as organizações sindicais pretendem dar a conhecer as razões por que discordam das propostas do Ministério da Educação para o regime de concursos, assim como dar conta dos restantes problemas que motivam os protestos dos professores, como seja a recuperação do tempo de serviço congelado durante a 'troika' ou o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões.
A manifestação de professores marcada pelo S.TO.P. para dia 28 de janeiro, em Lisboa, mantém-se. Após as negociações com o Governo, Fenprof também manteve as greves distritais.
Há manifestação nacional marcada para dia 11 de fevereiro.