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Incêndio Mouraria: "Prédio não reúne condições de habitabilidade"

Incêndio Mouraria: "Prédio não reúne condições de habitabilidade"
ANTÓNIO COTRIM/Lusa

O edifício estruturalmente não foi afetado mas está sem energia, elétrica e de gás. Só quando isso acontecer as pessoas poderão regressar à exceção do rés-do-chão direito, piso onde ocorreu o incêndio.

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A vistoria ao edifício na Mouraria, em Lisboa, terminou esta tarde de segunda-feira. Aos jornalistas, Carlos Lopes Loureiro, chefe da Divisão de Operação da Proteção Civil, informou que apesar de o edifício não ter “nenhuma patologia estrutural”, mas não reúne ainda condições de habitabilidade.

“O edifício não tem ainda energia elétrica nem gás, na falta destas infraestruturas o edifício não reúne condições de habitabilidade. (…) Até estas reparações estarem feitas, não deve ser habitado”, declarou, dando conta de que os proprietários já foram avisados desse facto.

Quando essas reparações forem feitas, sublinhou o responsável, “todos os pisos e frações, à exceção do rés-do-chão direito onde se deu o incêndio, estarão a partir desse momento libertadas e poderão ser habitadas”.

Quanto à origem do incêndio, Carlos Lopes Loureiro disse não ter qualquer informação, assim como quanto ao número total de pessoas que viviam no edifício.

Rapaz de 14 anos entre as vítimas

O incêndio num prédio no bairro da Mouraria, em Lisboa, deflagrou na noite de sábado, provocando dois mortos e 14 feridos, que entretanto já tiveram alta hospitalar.

Entre os feridos há um português. Um homem de 74 anos, residente no edifício contíguo e que apresentava dificuldades respiratórias.

Segundo a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC), Margarida Castro Martins, a Polícia Judiciária (PJ) esteve no local ainda no sábado "para apurar as eventuais causas do incêndio e a existência ou não de indícios de crime", não tendo ainda sido divulgadas quaisquer conclusões.

De acordo com a responsável, e segundo a informação disponibilizada pelo Regimento Sapadores Bombeiros, a origem do incêndio terá sido na cozinha do rés-do-chão.

O incêndio no edifício, habitado essencialmente por cidadãos indianos, afetou 25 pessoas, 24 residentes e um não residente, deixando 22 desalojados, além da morte de dois cidadãos indianos, um dos quais um jovem de 14 anos

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