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Venda Zmar: dezenas de proprietários recusam-se a sair

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O Zmar, em Odemira, deverá ser comprado em breve pela empresa espanhola Sunny Resorts e a empresa quer o espaço vazio. Já 140 proprietários recorreram ao tribunal e tiveram os contratos reconhecidos, o que significa que não podem ser mandados embora.

Dezenas de proprietários das casas de madeira do Zmar recusam sair do parque de campismo, em Odemira, algo que pode dificultar a venda do complexo turístico, que está em processo de insolvência.

O Zmar, em Odemira, deverá ser comprado em breve pela empresa espanhola Sunny Resorts, por cerca de 10 milhões de euros e, segundo o jornal Eco, 50 proprietários já foram notificados para desocupar o parque de campismo, sem direito a indemnização.

O Zmar Eco Campo Resort, que está em processo de insolvência, tem 270 casas de madeira, a grande maioria de privados.

A empresa espanhola quer o espaço vazio.

Em 2019, o Zmar parecia ter tudo para ser um bom investimento. Parecia até 2021, ano em que entrou em insolvência.

É nisso que acreditam os 140 proprietários que recorreram ao tribunal e tiveram os contratos reconhecidos, o que significa que não podem ser mandados embora.

Não aceitam dinheiro para sair do parque, mas querem ser indemnizados pelos danos causados.

Não revelam valores, mas a SIC sabe que há proprietários a pedir quase 70 mil euros e podem não ficar por aqui.

A Multiparques A Céu Aberto é a empresa que gere o parque e que foi declarada insolvente há quase dois anos.

O começo do Zmar

Em 2009, quando nasceu o Zmar, Francisco de Mello Breyner da família Espírito Santo detinha 100 por cento do capital.

O investimento foi de 30 milhões e só mais de uma década depois se percebeu que parte do complexo turístico cerca de 40 por cento não estava licenciado e a construção era ilegal.

Há 50 proprietários que têm as casas de madeira numa zona classificada como campismo, onde legalmente só pode estar tendas.

Aqueles que não têm os contratos reconhecidos pelo tribunal já começaram a receber cartas de despejo.