Este sábado é dia de protesto dos professores, em Lisboa. Com início no Marquês de Pombal, milhares de professores marcham pela Avenida da Liberdade até ao Terreiro do Paço, ao som de apitos e bombos. A manifestação foi convocada pela Fenprof, que espera a presença de cerca de 100 mil pessoas. À Esquerda, o Bloco de Esquerda e o PCP consideram que o Governo precisa de assumir responsabilidades. O Livre fala em falta de respostas. À direita, o Chega acusa o Executivo de nada fazer.
"Governo partiu a corda e precisa de assumir responsabilidade"
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, deixa duras críticas ao Governo. Este sábado à tarde, na manifestação, Catarina Martins diz que foi o Executivo o responsável pelo desfecho.
A responsável defendeu que a luta dos professores se deve a "uma revolta sincera" e desafiou o Governo a "assumir a sua responsabilidade" e atender às reivindicações da classe.
"O Governo partiu a corda e agora precisa de assumir a sua responsabilidade, e a responsabilidade é dar condições a quem deu tudo, a quem deu tudo pelo nosso país, pela nossa democracia, e faz a escola publica funcionar todos os dias".
Catarina Martins afirmou que os professores "estão em luta pela escola pública", que foi "desprotegida e humilhada durante tanto tempo", considerando que "esta revolta é uma revolta sincera".
"Os professores, literalmente, pagam para trabalhar, porque andam com a casa às costas e não têm sequer despesas de deslocação pagas".
Governo "não pode ficar indiferente" aos protestos dos professores
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou que a luta dos professores "é justa" e afirmou que o Governo "não pode ficar indiferente" aos protestos destes profissionais.
"É justa a luta dos professores, são justas as suas reivindicações, como se pode ver por esta magnífica mobilização que está em curso".
Paulo Raimundo defendeu que o "Governo não pode é ficar indiferente ao que se está a passar também hoje aqui na Avenida da Liberdade", em Lisboa.
Paulo Raimundo assinalou que os professores "são muitos e estão muito determinados" e salientou que esta realidade "não pode passar ao lado" do Governo, "porque só a convicção, só a justeza destas reivindicações é que permitem que esta gente toda se concentre durante várias semanas consecutivas, da forma como têm feito".

Professores lutam "por dignidade"
Já o Chega, acusa o Governo de inatividade em relação aos problemas dos professores.
"Estas pessoas estão a lutar por dignidade. Por exemplo, contra a indisciplina, contra a violência, contra a burocracia. E para isso há zero respostas do Governo", afirma Gabriel Mithá Ribeiro.
Falta de resposta do Governo
O Livre sublinha a falta de respostas do Governo às exigências dos professores e dos sindicatos.