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Só um dos menores detidos por agressões em Olhão quebrou o silêncio em tribunal

Dos três adolescentes detidos pelas agressões em Olhão, só um aceitou falar em tribunal. A PSP acusa os menores de escolherem as vítimas, a defesa fala em “imaturidade” e “arrependimento”.

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Os três jovens de Olhão, detidos pelo ataque a um imigrante nepalês, vão passar a segunda noite nas celas da PSP. As medidas de coação só serão conhecidas esta quarta-feira. Dos três, só um prestou declarações no primeiro interrogatório judicial.

Perante a juíza de instrução criminal, só um dos três adolescentes detidos aceitou falar. Aos jornalistas, o advogado de um dos arguidos que optou pelo silêncio rejeitou a ideia de que o grupo atuava em gangue ou por xenofobia. Fala em imaturidade e arrependimento.

As imagens da agressão a um imigrante nepalês terão desencadeado o processo, mas a PSP confirma sete outros casos, todos num espaço de 15 dias, no final de janeiro.

A defesa lamenta a severidade das críticas e sublinha que são jovens com 16 anos acabados de fazer.

Só esta quarta-feira o tribunal irá anunciar se os detidos ficam ou não sujeitos a alguma medida de privação de liberdade. Os três detidos são suspeitos de cinco crimes de roubo, quatro de ofensas à integridade física e um de dano com violência.

A PSP identificou mais cinco rapazes e três raparigas, entre os 14 e 16 anos, que terão participado ou presenciado as agressões. Além de imigrantes, entre as vítimas do grupo, há um sem-abrigo e um outro jovem de 16 anos. A PSP fala em vítimas escolhidas pela vulnerabilidade.