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Violência no namoro: estudo revela que a maioria valida o controlo na relação

No Dia dos Namorados, as autoridades alertam para os comportamentos abusivos. Em 2022, PSP e GNR registaram mais de 3.500 queixas de violência no namoro.

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Um estudo realizado em escolas revela que a maioria dos jovens valida o controlo no namoro, nomeadamente pegar no telemóvel ou entrar nas redes sociais sem autorização. Simbolicamente, neste Dia dos Namorados, as autoridades querem alertar também para estes comportamentos abusivos. Em 2022, PSP e GNR registaram mais de 3.500 queixas de violência no namoro.

No estudo feito pela organização feminista UMAR, responderam quase 6.000 jovens. A média de idades é 15 anos. Entre as seis formas de violência no namoro, apresentadas no questionário, o controlo foi a mais legitimada.

Quando questionados sobre as formas de violência que já sofreram, a violência psicológica lidera -
afetou 45,1% dos estudantes, sobretudo as raparigas.

Dados que preocupam as investigadoras, que defendem uma prevenção cada vez mais precoce,
para que se quebrem ciclos de comportamentos abusivos na sociedade.

Esclarecer, mudar mentalidades e incentivar à denúncia de comportamentos violentos no namoro, é também o objetivo da campanha lançada pela PSP, esta terça-feira.

Nos últimos cinco anos, a PSP recebeu 10.400 queixas de violência no namoro. No ano passado, das 2.109 denúncias recebidas, quase metade são de relações em curso.

Durante 2022, na área da GNR, foram ainda registados 1.421 crimes de violência no namoro,
que é um crime público.