Nos últimos 10 anos quase nada mudou na habitação em Portugal, sendo que o Censos 2021 revela que construções novas foram quase nulas e que há concelhos onde a oferta é muito reduzida.
Numa das principais praças de Setúbal existe um edifício devoluto há vários anos e o concelho é dos que tem menos casas disponíveis. Este é apenas um exemplo de uma realidade que se espalha pelo país: a habitação é um dos principais problemas dos portugueses.
Os dados do Censos 2021, trabalhados pela PORDATA, concluem que, numa década, o número de casas pouco se alterou em Portugal.
Em 2021, havia quase seis milhões de casas, o que representa um aumento de apenas 1,9% na última década.
Das habitações existentes, apenas 12% estão disponíveis para venda ou arrendamento, ou seja, pouco menos de 350 mil, um número ligeiramente inferior ao de há doze anos.
Desde 2011 destaca-se ainda uma tendência crescente de arrendamentos: houve um aumento de 16%.
Apesar da escassa oferta, Lisboa, Porto e Sintra são os três concelhos onde há mais casas num mercado só ao alcance de uma minoria.
Em 2021, ainda existiam em Portugal cerca de 4.000 barracas, apesar da redução de quase 39% em dez anos.