O Ministério Público (MP) já mandou notificar o ex-padre Anastácio Alves, suspeito de cinco crimes de abuso sexual de menores.
Apesar do processo estar a correr no Tribunal do Funchal, o requerimento terá sido pedido à GNR de São Martinho do Porto, local onde Anastácio Alves estaria a viver quando, há mais de uma semana, se tentou entregar à Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, avança o Observador.
As suspeitas de abuso sexual não são novas, há mais de quinze anos, o antigo padre já tinha sido alvo de dois processos semelhantes. Ambos acabaram arquivados.
Até ao momento nunca foi emitido nenhum mandado de detenção.
Ex-padre tentou entregar-se na PGR, mas não conseguiu
Em 2018, o ex-padre Anastácio Alves foi alvo de queixas por crimes de abuso sexual de menores. Nessa altura, desapareceu do Funchal, onde era pároco. Passados cinco anos, tentou entregar-se à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Lisboa, mas, segundo o Observador,o antigo pároco não chegou a ser recebido pela Justiça.
Chegou à PGR de Lisboa, no dia 17 de feveiro, com o objetivo de ser constituído arguido e notificado da acusação. Depois de várias tentativas, a resposta que recebeu foi que tinha de se dirigir ao tribunal do Funchal.
Em declarações ao Observador, Anastácio Alves confessou ter abusado de menores. Garante agora que quer colaborar com a Justiça:
“Estou cá, pode parecer banal mas é sincero, primeiro que tudo para colaborar com a Justiça, para assumir as minhas responsabilidades, e também para ajudar a auxiliar as vítimas.”